Hematúria – Sangue na urina: sempre precisa investigar?

Dr. Eder Nisi Ilario

A presença de sangue na urina, sem dúvida, é motivo de preocupação de muitos pacientes que procuram o consultório. 

Neste texto, vou esclarecer a respeito dessa alteração muito comum, além de orientar sobre as possíveis causas, como investigar e tratar adequadamente. 

Uma das principais diretrizes adotadas mundialmente na investigação desse sintoma é o guideline da American Urological Association (AUA), o qual utilizo na minha prática como urologista. 

O que é hematúria ?

A presença de sangue na urina é conhecida como hematúria

A hematúria pode ser dividida em “macroscópica”, quando a urina tem aspecto avermelhado ou alaranjado a olho nu; e “microscópica”, quando o aspecto da urina é o habitual, porém o exame de urina constata a presença de sangue.

A hematúria microscópica pode ser definida como a presença de 3 ou mais hemácias por campo de grande aumento visualizado no microscópio ou valor acima de 10.000 hemácias/ml (referência da maioria dos laboratórios).

Hematúria é um sintoma comum?

Mais de 20% dos pacientes que procuram o urologista apresentam hematúria , macroscópica ou microscópica, em algum momento da vida.

A hematúria microscópica de grau leve pode acontecer em pessoas saudáveis, sem nenhuma doença. 

Estudos envolvendo a coleta de urina em pessoas saudáveis mostraram a presença de hematúria microscópica em 2,4% a 31,1% dos indivíduos, dependendo da população estudada. 

Isso significa que a presença de sangue na urina pode não ser causada por uma doença específica.

Por que a hematúria deve ser investigada?

Estima-se que 3% dos pacientes com hematúria microscópica e 17% dos pacientes com hematúria macroscópica apresentam câncer de rim, ureter ou bexiga na investigação.

Esse é o principal motivo pelo qual se recomenda investigar todos os pacientes que apresentam hematúria

O diagnóstico precoce e correto permite oferecer um tratamento apropriado à causa da hematúria do paciente.

Quais são as possíveis causas da hematúria ?

A hematúria pode ser um sintoma de diversas doenças urológicas. As principais causas podem ser classificadas em 7 tipos:

1) Neoplasia: câncer de bexiga, pelve renal, ureter, rim, próstata ou uretra

2) Infecção/inflamação: cistite (infecção na bexiga), pielonefrite (infecção renal), uretrite, tuberculose, esquistossomose, cistite hemorrágica (inflamação difusa da bexiga)

3) Cálculo: renal, ureteral ou vesical (na bexiga)

4) Próstata: hiperplasia prostática benigna (aumento do volume da próstata)

5) Doença renal: nefrite (inflamação renal)

6) Anomalia anatômica congênita ou adquirida: doença renal policística, estenose da junção ureteropiélica (JUP), estenose ureteral, divertículo de uretra (mais comum em mulheres), fístula (comunicação) da bexiga com a vagina ou intestino 

7) Outras causas: endometriose, doença hematológica ou uso de anticoagulantes, malformação vascular, trombose da veia renal, cistite intersticial, trauma, cirurgia urológica recente, exercício físico intenso 

Quais fatores podem estar relacionados às causas neoplásicas?

O motivo principal da investigação de hematúria é identificar ou descartar a presença de neoplasia maligna do trato urinário. 

Por essa razão, identificamos pacientes com fatores de risco relacionados ao aparecimento de câncer urológico e investigamos prontamente.

Os principais fatores de risco são: 

Sexo masculino 

Idade: homem acima de 40 anos e mulher acima de 50 anos

Tabagismo atual ou prévio: é o fator de risco mais importante

Grau de hematúria no exame de urina

Hematúria macroscópica

Hematúria microscópica persistente, isto é, presente em vários exames ao longo do tempo

✔ ️ Sintomas associados: dor, idas frequentes ao banheiro, incontinência, urgência miccional etc.

Radioterapia pélvica prévia

Quimioterapia prévia com agentes como ciclofosfamida e ifosfamida

Exposição ocupacional a benzidina ou amina aromática, que são substâncias utilizadas na indústria de borracha, petroquímica e tintura

Uso crônico de dispositivos intravesicais como sonda vesical

Como se deve investigar a hematúria ?

Os exames disponíveis para investigação diagnóstica incluem ultrassonografia das vias urinárias, tomografia computadorizada de abdome total (urotomografia), ressonância magnética de abdome total (urorressonância), cistoscopia e ureterorrenoscopia flexível.

1) Ultrassonografia das vias urinárias

A ultrassonografia das vias urinárias é um exame não invasivo que permite avaliar os rins e a bexiga, principalmente. O exame permite identificar cálculo renal, cálculo vesical, hiperplasia da próstata, além de câncer de rim ou bexiga. A avaliação ultrassonográfica é dependente da experiência do médico que faz o exame e tem limitações na análise do ureter. 

É um exame que pode ser utilizado na investigação diagnóstica de paciente com baixo risco de ter neoplasia do trato urinário.

2) Tomografia computadorizada / Ressonância nuclear magnética

A tomografia computadorizada com contraste endovenoso, também conhecida como Urotomografia, é o exame mais apropriado para avaliar um paciente com hematúria. A urotomografia permite identificar com maior acurácia doenças que acometem o rim, o ureter e a bexiga. 

A urotomografia apresenta 4 fases distintas registradas antes e após a injeção do contraste endovenoso: fase sem contraste, fase córtico-medular ou arterial, fase parenquimatosa ou nefrográfica e fase tardia ou excretora. A fase sem contraste é utilizada para identificar cálculo renal ou ureteral. A fase arterial e a fase nefrográfica permitem identificar nódulos renais e malformações vasculares. Por último, a fase excretora é essencial para identificar as doenças que acometem o ureter e a bexiga.

Se o paciente apresenta alergia ao contraste iodado ou possui insuficiência renal crônica, a urotomografia pode ser substituída por uma ressonância magnética de abdome total (urorressonância), com a desvantagem de a ressonância ser inferior à tomografia para identificar cálculos urinários.

3) Cistoscopia / Ureterorrenoscopia

A grande limitação da tomografia e da ressonância é a dificuldade de identificar lesões muito pequenas na bexiga e no ureter. Tumores de bexiga, pelve renal e ureter de dimensões milimétricas podem não ser visualizados na tomografia e na ressonância. Nesses casos, a visualização direta de toda a superfície interna da bexiga, por meio da cistoscopia, é o exame mais indicado para investigação diagnóstica. 

A desvantagem desse procedimento é a sua natureza mais invasiva e necessidade de sedação para a realização do exame. Por outro lado, a grande vantagem é permitir a realização da biópsia diagnóstica. 

Caso haja suspeita de espessamento no ureter ou na pelve renal, é possível realizar ureterorrenoscopia flexível, que nada mais é do que a introdução de um instrumento fino com uma câmera acoplada em sua ponta que permite a visualização direta da área suspeita e, se necessário, a realização de uma biópsia.

Qual o tratamento da hematúria ?

O tratamento depende da causa que levou à hematúria . Causas neoplásicas, cálculo urinário e hiperplasia da próstata podem necessitar de tratamento cirúrgico e, por isso, precisam de avaliação detalhada com urologista experiente. Se desejar saber mais a respeito das três principais causas de hematúria, clique no link abaixo:

Mensagem muito importante

Todo episódio de hematúria necessita de uma atenção especial do seu urologista. Recomenda-se fortemente a investigação adequada com o objetivo de descartar a presença de doenças mais sérias, principalmente câncer de rim, ureter e bexiga.

Vale lembrar que os sangramentos relacionados aos tumores tendem a ser autolimitados, ou seja, cessam espontaneamente após alguns dias. Por isso, não podemos assumir que o sangramento é devido a infecção urinária antes de realizar uma investigação apropriada com exames de imagem e cistoscopia. 

Não investigar adequadamente um quadro de hematúria pode retardar o diagnóstico e o tratamento de doenças potencialmente graves. Se não ficar satisfeito com a explicação do seu médico, procure uma segunda opinião. A sua saúde sempre deve ser a prioridade!

Referência:

Oyaert MN, Speeckaert MM, Delanghe JR. Microhematuria: AUA/SUFU Guideline. Letter. J Urol. 2021 Jun;205(6):1848-1849.

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De acordo com dados globais recentes, a incidência tem aumentado, em parte devido ao envelhecimento da população e ao maior uso de exames de imagem avançados. A doença é mais comum em pessoas entre 55 e 75 anos, com uma predominância maior em homens — eles são afetados duas vezes mais frequentemente do que as mulheres. No Brasil, estima-se que cerca de 6.000 novos casos de câncer de rim são diagnosticados a cada ano, e globalmente, o número chega a aproximadamente 430.000 novos casos por ano. A mortalidade, no entanto, vem diminuindo, especialmente quando o tumor é detectado precocemente. A importância do diagnóstico precoce Um dos maiores avanços no combate ao câncer de rim nas últimas décadas foi o aumento no número de diagnósticos precoces, graças ao uso de exames de imagem como ultrassonografia e tomografia computadorizada. Em muitos casos, esses exames são realizados por outros motivos, como a investigação de dores abdominais, e acabam revelando pequenos nódulos renais que, em sua fase inicial, podem ser completamente assintomáticos. Esse achado incidental é extremamente importante, pois pequenos tumores detectados precocemente estão, na maioria das vezes, confinados ao rim, sem sinais de metástase. Nesses casos, a chance de cura é elevada, especialmente com o uso de tratamentos minimamente invasivos, como a nefrectomia parcial robótica, que remove o tumor preservando ao máximo o tecido renal saudável. Estudos mostram que a nefrectomia parcial pode curar até 95% dos pacientes quando o câncer é detectado em estágios iniciais. Sintomas e fatores de risco do câncer de rim O câncer de rim geralmente não apresenta sintomas em sua fase inicial. Na maioria dos casos, ele é descoberto de forma acidental durante a realização de exames de imagem, como ultrassonografia ou tomografia, feitos por outros motivos. Esse tipo de diagnóstico incidental ocorre frequentemente com tumores pequenos e assintomáticos, o que aumenta as chances de tratamento eficaz. Nos estágios mais avançados, o paciente pode apresentar sintomas, como: Sangue na urina (hematúria) – pode ser intermitente ou contínuo; Dor abdominal ou lombar – geralmente persistente e localizada; Perda de peso inexplicável; Aumento do volume abdominal – causado pelo crescimento do tumor; Cansaço constante; Anemia; Febre sem causa aparente; Hipercalcemia (aumento do cálcio no sangue). A chamada tríade clássica de sintomas — sangue na urina, dor lombar e presença de uma massa palpável no abdômen — é um indicativo de câncer renal em estágio avançado, mas ocorre em menos de 10% dos casos. Fatores de risco para o Câncer de Rim Diversos fatores podem aumentar o risco de desenvolver câncer renal. Entre os principais estão: Idade: é mais comum em pessoas entre 60 e 70 anos; Obesidade: um índice de massa corporal (IMC) acima de 30 kg/m² está associado a um risco aumentado; Tabagismo: fumar aumenta significativamente o risco de câncer de rim; Hipertensão arterial sistêmica (pressão alta); Insuficiência renal crônica em diálise: o risco aumenta proporcionalmente ao tempo de diálise; Exposição a substâncias químicas: como asbesto e cádmio; História familiar: ter parentes próximos com câncer renal aumenta o risco de desenvolver a doença. Doenças hereditárias que aumentam o risco Embora a maioria dos casos de câncer de rim não tenha uma causa hereditária conhecida, algumas condições genéticas aumentam a predisposição ao desenvolvimento da doença. Entre elas estão: Síndrome de Von Hippel-Lindau (VHL): uma doença hereditária rara que aumenta o risco de múltiplos tumores, incluindo câncer de rim; Síndrome de Birt-Hogg-Dubé: também associada a tumores renais, além de tumores cutâneos e pulmonares; Esclerose Tuberosa : uma condição que pode causar tumores benignos em vários órgãos, incluindo os rins. Embora existam fatores de risco conhecidos, a causa exata do câncer de rim permanece desconhecida em muitos casos. Portanto, o diagnóstico precoce por meio de exames de imagem é crucial para aumentar as chances de sucesso no tratamento. Diagnóstico do câncer renal: exames e procedimentos O diagnóstico do câncer de rim é frequentemente realizado de forma incidental, ou seja, descoberto durante exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, realizados para investigar outros problemas de saúde. Por isso, é fundamental que qualquer laudo de exame de imagem inclua uma descrição detalhada dos rins, mesmo que o exame tenha sido solicitado por outro motivo. Algumas alterações renais detectadas em exames de imagem podem ser benignas. Um exemplo comum são as lesões císticas, que, embora possam ser confundidas com câncer de rim, na maioria das vezes são inofensivas. Para diferenciar essas lesões de um tumor maligno, utilizamos critérios específicos na tomografia computadorizada ou na ressonância magnética. Essas ferramentas ajudam a classificar o risco de a lesão ser maligna. Quando uma alteração renal é identificada, é essencial procurar um urologista especialista em uro-oncologia. Esse profissional tem a experiência necessária para interpretar corretamente os resultados dos exames e determinar o melhor curso de ação. Na grande maioria dos casos, não é necessário realizar uma biópsia renal para confirmar o diagnóstico de câncer de rim, já que os achados dos exames de imagem são suficientes para essa definição. No entanto, quando há suspeita de tumores atípicos, como o linfoma, que pode ser tratado com quimioterapia sem a necessidade de cirurgia, ou em casos de tumores avançados em que está planejada a administração de quimioterapia antes da intervenção cirúrgica, a realização da biópsia renal se torna essencial. Esse procedimento permite uma avaliação mais precisa do tipo de tumor e ajuda a orientar a melhor abordagem terapêutica para o paciente. Exames de imagem no estadiamento e planejamento cirúrgico Além de ajudar no diagnóstico, exames como a tomografia e a ressonância magnética também são cruciais para o estadiamento do câncer renal. Isso significa avaliar a extensão do tumor e verificar se ele já se espalhou para outras áreas do corpo, como o fígado, pulmões ou linfonodos. O estadiamento é fundamental para determinar o tipo e a agressividade do tratamento, bem como as chances de cura. Esses exames de imagem também desempenham um papel importante no planejamento da cirurgia. Em casos em que o tumor está confinado ao rim, o objetivo é realizar uma nefrectomia parcial, preservando ao máximo o tecido renal saudável. A tomografia ou ressonância ajuda a definir a localização exata e o tamanho do tumor, permitindo que o cirurgião desenvolva uma estratégia detalhada para remover o câncer e, ao mesmo tempo, preservar a função renal do paciente. Opções de tratamento para o câncer de rim Quando se trata de câncer de rim, a escolha do tratamento ideal depende de fatores como o estágio do tumor, a saúde geral do paciente e a localização do câncer. Entre todas as opções, a cirurgia permanece como o único tratamento curativo definitivo na maioria dos casos. A nefrectomia, seja parcial ou radical, tem como objetivo remover completamente o tumor, preservando ao máximo o rim saudável. A nefrectomia radical, que envolve a retirada total do rim afetado, é indicada em casos de tumores grandes ou em localizações complexas. Já a nefrectomia parcial, na qual apenas o tumor e uma pequena porção de tecido ao redor são removidos, oferece resultados oncológicos semelhantes à cirurgia radical, mas com a vantagem de preservar mais tecido renal saudável, especialmente quando realizada de forma adequada. A cirurgia pode ser realizada por técnica convencional, laparoscópica ou robótica. Outras opções, como ablação por radiofrequência ou crioablação, podem ser recomendadas para pacientes com tumores menores e de baixo risco, especialmente aqueles que não podem se submeter a uma cirurgia. Para casos em que o tumor se espalha para além do rim (metastático), terapias com medicamentos, como imunoterapia e drogas-alvo, podem ser utilizadas. Nefrectomia robótica como opção no tratamento do câncer de rim A cirurgia robótica tem se destacado como a técnica mais avançada e precisa para a realização da nefrectomia parcial. A tecnologia permite uma visão tridimensional detalhada e movimentos extremamente precisos das pinças cirúrgicas, o que possibilita uma remoção segura do tumor com mínimas complicações. A nefrectomia robótica oferece benefícios como menor risco de sangramento, menos dor no pós-operatório e uma recuperação mais rápida, permitindo que o paciente retorne às suas atividades habituais em menos tempo. Além disso, essa abordagem facilita a preservação de mais tecido renal saudável, o que reduz o risco de insuficiência renal no futuro. Entenda mais sobre a nefrectomia robótica clicando aqui. Vantagens da cirurgia robótica no câncer renal A nefrectomia robótica se destaca por oferecer benefícios significativos em comparação com as técnicas tradicionais de cirurgia para tumores renais. Entre as principais vantagens estão: 1. Preservação da função renal: a cirurgia robótica permite uma abordagem mais precisa e ágil, resultando em um tempo de isquemia (quando o fluxo sanguíneo para o rim é interrompido) reduzido. Isso é crucial para minimizar danos ao órgão, contribuindo para uma melhor preservação da função renal a longo prazo e reduzindo o risco de insuficiência renal. 2. Controle superior do sangramento: com o uso da tecnologia robótica, é possível realizar incisões extremamente precisas, o que ajuda a controlar o sangramento durante a cirurgia. Isso é particularmente importante em cirurgias renais, onde o controle de sangramento é essencial para garantir a segurança do procedimento. 3. Menor índice de complicações: a nefrectomia robótica tem sido associada a menores taxas de complicações pós-operatórias quando comparada à cirurgia convencional. Isso inclui menor risco de infecções, cicatrizes menores e uma recuperação mais rápida, além de um menor risco de sangramento. 4. Precisão na remoção do tumor: a tecnologia robótica oferece uma visualização em 3D e em alta definição, permitindo que o cirurgião remova o tumor de maneira extremamente precisa. Isso reduz o risco de qualquer resquício tumoral e preserva o máximo de tecido renal saudável possível. 5. Recuperação mais rápida e confortável: com menos invasão cirúrgica e menos perda de sangue, os pacientes costumam se recuperar mais rapidamente após a nefrectomia robótica. As incisões menores resultam em menos dor no pós-operatório, cicatrizes mais discretas e retorno mais precoce às atividades cotidianas. Leia mais sobre cirurgia robótica clicando aqui. Recuperação e acompanhamento após a cirurgia Após a alta hospitalar, a recuperação em casa geralmente envolve um período de repouso de cerca de 7 dias. Durante esse tempo, é fundamental seguir algumas orientações para garantir uma recuperação tranquila e segura: 1. Controle da dor e medicamentos: após a cirurgia, você receberá medicamentos para o alívio da dor e, em alguns casos, antibióticos para prevenir infecções. É essencial seguir corretamente as orientações médicas sobre a dosagem e o uso desses medicamentos, garantindo assim o conforto e uma recuperação sem complicações. 2. Cuidados com os curativos: a troca diária dos curativos será necessária, e deve ser feita de maneira simples em casa, logo após a higiene pessoal. Essa etapa é importante para evitar infecções e ajudar no processo de cicatrização. 3. Retorno progressivo às atividades: após o período inicial de repouso, será possível retomar gradualmente suas atividades cotidianas, como trabalho e exercícios leves. O ritmo de recuperação pode variar de pessoa para pessoa, e a equipe médica fará avaliações regulares para orientar o momento certo de voltar à rotina completa. 4. Primeira consulta de retorno: cerca de 2 a 3 semanas após a cirurgia, você terá uma consulta de acompanhamento para avaliar a cicatrização e discutir o resultado da análise do tumor removido. Dependendo das características do tumor, será avaliada a necessidade de tratamentos adicionais. 5. Monitoramento e exames regulares: aproximadamente 3 meses após a cirurgia, iniciaremos o acompanhamento pós-operatório, que incluirá exames de imagem para monitorar possíveis recidivas ou metástases. Além disso, para pacientes que realizaram a nefrectomia parcial, serão feitos exames regulares de sangue, urina e imagem, geralmente a cada 6 meses, para avaliar a função renal e garantir que o rim restante esteja funcionando adequadamente. Continue acompanhando o blog para mais informações sobre saúde urológica.
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