Cálculo Renal (Pedra no Rim)

Urologista em SP


Introdução

O cálculo renal ou nefrolitíase (pedra no rim) afeta geralmente pessoas entre 30 e 60 anos, com incidência estimada em 15% nos homens e 10% nas mulheres. O principal sintoma é a dor em cólica, caracterizada por períodos de dor intensa intercalados com dor leve ou ausência de dor.


Infelizmente, 50% das pessoas diagnosticadas com cálculos terão novas crises em menos de 5 anos após o primeiro episódio.


Na urina de qualquer pessoa há cristais de cálcio, mas geralmente ficam dissolvidos. Quando há aumento da concentração de cristais ou redução do volume urinário, pode ocorrer a formação de cálculos. A nefrolitíase resulta de uma complexa interação entre cristais, inibidores e promotores da cristalização, além das características da urina, como volume e pH.



O melhor exame para o diagnóstico do cálculo renal é a tomografia computadorizada sem contraste endovenoso, que permite identificar quantidade, localização e densidade do cálculo, auxiliando no planejamento terapêutico.

Sintomas


Os cálculos renais podem variar de assintomáticos a extremamente dolorosos. Os principais sintomas incluem:


Dor intensa em cólica: aparece quando o cálculo migra dentro do rim ou desce pelo ureter, provocando obstrução do fluxo urinário
Dor lombar e abdominal: pode irradiar para a virilha, testículos ou grandes lábios
Náuseas e agitação intensa: a dor pode ser tão intensa que o paciente não consegue ficar imóvel
Hematúria (sangue na urina): ocorre quando o cálculo se desloca, causando lesões na mucosa do trato urinário
Urgência urinária e queimação: ocorre quando o cálculo está próximo da bexiga
Febre associada à cólica renal: pode indicar pielonefrite obstrutiva, um quadro grave que exige atenção imediata


A cólica renal é considerada uma das dores mais intensas que o ser humano pode sentir.

Fatores de Risco


O risco de desenvolver cálculos renais está associado a diversos fatores:

Baixa ingestão de líquidos: reduz o volume urinário, facilitando a formação de cristais
Dietas ricas em sal e proteínas e pobres em fibras
Obesidade e sedentarismo
Doenças metabólicas: hipercalciúria (eliminação excessiva de cálcio na urina) e hipocitratúria (níveis baixos de citrato, um inibidor natural da formação de cálculos)
Histórico familiar de nefrolitíase
Cirurgia bariátrica ou doenças intestinais inflamatórias (como doença de Crohn), que alteram a absorção de substâncias eliminadas na urina
Hiperparatireoidismo: excesso do hormônio paratormônio (PTH) pode mobilizar cálcio dos ossos, aumentando o risco de cálculos renais

Diagnóstico


O diagnóstico é baseado na história clínica do paciente, exame físico e exames de imagem, que incluem:

Tomografia computadorizada sem contraste: exame padrão-ouro, permitindo identificar tamanho, localização e densidade do cálculo.
Ultrassonografia renal: útil, mas pode não detectar cálculos pequenos ou localizados no ureter.
Ressonância magnética: menos precisa que a tomografia, mas indicada para gestantes e pacientes com HIV que usam Indinavir (cujos cálculos não são visíveis na tomografia sem contraste).
Análise metabólica: após o tratamento, exames de sangue e urina de 24 horas são recomendados para avaliar fatores que possam favorecer a recorrência do cálculo.


Se causa subjacente não for tratada, 50% dos pacientes terão recorrência dos cálculos em menos de 5 anos.

Tratamento


A escolha do tratamento depende de tamanho, localização, número e composição do cálculo, além da presença de sintomas.

Cálculos pequenos (< 4mm): têm mais de 90% de chance de eliminação espontânea com a urina. Medicamentos como tansulosina ou doxazosina podem auxiliar se o cálculo estiver na parte final do ureter.
Cálculos entre 5 e 20mm: menor chance de eliminação espontânea; indica-se tratamento cirúrgico.
Cálculo acima de 2cm: requer procedimentos mais invasivos.


Opções cirúrgicas:

Litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LECO): indicada para cálculos pequenos e poucos cálculos. Fragmenta a pedra, permitindo sua eliminação pela urina.


Ureterorrenolitotripsia flexível a laser: método minimamente invasivo em que um aparelho com câmera e laser é inserido pela uretra até o rim, fragmentando o cálculo.


Nefrolitotripsia percutânea: indicada para cálculos grandes (≥ 2cm), realizado por um pequeno corte na pele para acesso direto ao rim, permitindo fragmentação e aspiração do cálculo.


Cirurgia laparoscópica: em casos de cálculos volumosos, realiza-se uma abertura no ureter ou na pelve renal para retirada direta da pedra.


Em alguns casos, pode ser necessário o uso de um cateter duplo J para facilitar a drenagem da urina e a eliminação dos fragmentos pós-cirúrgicos.

Prevenção e Orientações ao paciente


Hidrate-se adequadamente: a urina deve ser clara. A recomendação geral é ingerir pelo menos 2-3 litros de água por dia, aumentando em dias quentes ou após atividades físicas.
Reduza o consumo de sal: o excesso de sódio aumenta a excreção urinária de cálcio, favorecendo a formação de cálculos.
Modere o consumo de proteínas animais: carne vermelha e derivados aumentam o risco de cálculo renal.
Manutenção do peso adequado: obesidade aumenta significativamente o risco de desenvolver cálculos.
Controle doenças associadas: pacientes com histórico de hiperparatireoidismo ou distúrbios intestinais devem ser acompanhados regularmente.
Faça exames regulares: se já teve um episódio de cálculo renal, consulte seu médico para evitar recidivas.


O cálculo renal pode ser uma condição extremamente dolorosa e recorrente. O tratamento e a prevenção adequados são essenciais para evitar complicações e manter a qualidade de vida.

Sobre o dr. eder

Urologista para tratamento de Pedra no Rim em São Paulo


O Dr. Eder Nisi Ilario é urologista formado pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), com especialização em Uro-Oncologia e Cirurgia Robótica pelo renomado Memorial Sloan Kettering Cancer Center (EUA) e doutorado em Urologia pela USP. Sua trajetória acadêmica e profissional foi construída em instituições de referência, garantindo uma abordagem precisa e inovadora no tratamento das doenças urológicas.


Atualmente, é médico assistente da Divisão de Urologia do Hospital das Clínicas da USP e integra o Grupo de Uro-Oncologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), onde atua ativamente no ensino, pesquisa e atendimento clínico.


Especialista em técnicas minimamente invasivas e robóticas, o Dr. Eder Nisi Ilario oferece opções avançadas e seguras para o tratamento de pedras nos rins, sempre considerando as necessidades individuais de cada paciente.


Se você sofre com cálculos renais e busca uma avaliação especializada, agende uma consulta e receba um atendimento personalizado com o Dr. Eder Nisi Ilario.