HPV e Verruga Genital

Urologista em SP


Introdução

O papilomavírus humano (HPV) é um dos vírus sexualmente transmissíveis mais comuns no mundo.  Existem mais de 200 tipos de HPV, dos quais cerca de 40 podem infectar a pele e mucosas da região genital, oral e anal. A infecção pode ser transitória e desaparecer com a ação do sistema imunológico, ou persistente, levando ao aparecimento de verrugas e, em alguns casos, ao desenvolvimento de lesões precursoras do câncer.

Os tipos de HPV são classificados em:

  • Baixo risco oncogênico – Relacionados a verrugas genitais (condilomas) e papilomatose respiratória, como os tipos 6 e 11.
  • Alto risco oncogênico – Associados a câncer de colo do útero, ânus, pênis, orofaringe e vulva. Os tipos 16 e 18 são os mais perigosos.

Até 31% dos pacientes podem apresentar, simultaneamente, tipos de baixo e alto risco.

Como o HPV é transmitido?


A principal forma de contágio é o contato sexual (inclusive sem penetração), mas o vírus também pode ser transmitido por:

  • Contato direto com pele ou mucosa infectada;
  • Transmissão vertical – de mãe para filho durante o parto ou contato com secreções;
  • Objetos contaminados – como roupas íntimas, toalhas ou instrumentos não esterilizados;
  • Ambientes públicos – como academias e piscinas, especialmente no caso de verrugas plantares ou cutâneas.


Mesmo na ausência de sintomas, a pessoa infectada pode transmitir o vírus.

Sintomas e manifestação


Na maioria dos casos, a infecção por HPV é silenciosa. Quando surgem manifestações, podem incluir:

Verrugas genitais – lesões elevadas, com aspecto de couve-flor, na região genital, anal ou oral;
Lesões subclínicas – não visíveis a olho nu, detectadas por exames específicos;
Alterações celulares – associadas a risco de câncer em casos persistentes.

Diagnóstico e exames


O diagnóstico pode ser feito por meio de:

Exame clínico – Identificação de verrugas visíveis pelo médico.
Peniscopia e colposcopia com ácido acético – Para visualizar lesões microscópicas;
Exames diagnósticos para detecção do vírus – Como teste de captura híbrida ou PCR para detectar DNA viral;
Biópsia – Em caso de lesões suspeitas.

O que acontece após a infecção?


Após o contato com o vírus, três situações são possíveis:

  1. Eliminação espontânea – até 90% dos casos desaparecem em até 2 anos;
  2. Persistência viral – o vírus permanece no organismo sem causar sintomas visíveis;
  3. Progressão para doença – com surgimento de verrugas ou lesões precursoras do câncer.

Tratamento


Embora não exista cura definitiva para o HPV, é possível controlar a infecção, tratar as lesões e reduzir o risco de recorrência. As opções incluem:


Tratamentos tópicos (autoaplicação):

  • Imiquimode – estimula o sistema imunológico local (cura: até 56%; recidiva: 19%);
  • Podofilotoxina – destrói as células da verruga (cura: até 50%; recidiva: 38%).


Procedimentos médicos:

  • Crioterapia (nitrogênio líquido) – congela as lesões (cura: 50–88%; recidiva: 25–40%);
  • Ácido tricloroacético (ATA) – cauteriza quimicamente (cura: até 94%; recidiva: 36%);
  • Laser ou cirurgia – indicados em lesões múltiplas ou resistentes.


A remoção cirúrgica é a opção com maior taxa de cura e menor índice de recidiva, sendo ideal para casos recorrentes ou extensos.

Mesmo com desaparecimento das lesões, o vírus pode permanecer latente. O acompanhamento contínuo com o urologista é essencial.


O que pode acontecer após o tratamento?

  • Cura clínica: desaparecimento completo das lesões e ausência de recidiva por 6 meses;
  • Recorrência: em até 30% dos pacientes, especialmente nos primeiros 3 meses;
  • Refratariedade: quando a lesão persiste após múltiplos tratamentos, exigindo estratégias mais agressivas.

Prevenção


Vacinação – Indicada a partir dos 9 anos, com maior eficácia antes do início da vida sexual;
Uso de preservativo – Reduz, mas não elimina totalmente o risco de transmissão;
Circuncisão: Pode ser indicada em alguns casos para reduzir a carga viral.

Orientações ao paciente


Evite automedicação – O tratamento inadequado pode piorar o quadro ou atrasar o diagnóstico correto.
Mantenha um acompanhamento regular – Mesmo sem sintomas, a avaliação médica periódica através do check-up é essencial para monitorar possíveis complicações.
Informe seu parceiro(a) – Como o HPV pode ser transmitido sem sintomas aparentes, é importante que o parceiro(a) também realize exames e, se necessário, tratamento.
Fortaleça o sistema imunológico – Uma alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos e hábitos saudáveis podem contribuir para o controle da infecção.
Não interrompa o tratamento – Se houver indicação médica, siga corretamente o protocolo para evitar recorrências ou complicações.


Quer entender mais sobre o HPV?  Leia no blog.

Sobre o dr. eder

Urologista para tratamento e diagnóstico de HPV em São Paulo


O Dr. Eder Nisi Ilario é urologista formado pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), com especialização em Uro-Oncologia e Cirurgia Robótica pelo renomado Memorial Sloan Kettering Cancer Center (EUA) e doutorado em Urologia pela USP. Sua trajetória acadêmica e profissional foi construída em instituições de referência, garantindo uma abordagem precisa e inovadora no tratamento das doenças urológicas.


Atualmente, é médico assistente da Divisão de Urologia do Hospital das Clínicas da USP e integra o Grupo de Uro-Oncologia do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), onde atua ativamente no ensino, pesquisa e atendimento clínico.


Com expertise no diagnóstico e tratamento do HPV, o Dr. Eder Nisi Ilario utiliza abordagens modernas e personalizadas para cada paciente. Entre em contato e agende uma consulta.